quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Uísque, vodca ou cerveja?

Essa era a pergunta que rolava entre três amigos que discutiam qual porre era o mais recomendado depois de uma desilusão amorosa.

O primeiro já tinha passado por duas delas, e dizia enfático que uísque era a melhor alternativa, deixava qualquer mente anestesiada e sem os males da ressaca do dia seguinte.

O outro, que havia vivenciado tal situação apenas uma vez, considerou a vodca, afinal, ninguém quer se lembrar do passado. Seria um porre amnésico, um desses por semana e logo tudo seria esquecido.

Restava o defensor da cerveja, que alegava ser a melhor para a situação porque demora a fazer efeito e, nesse tempo, a conversa com os amigos se torna mais valiosa, os conselhos mais sinceros e o orgulho mais solúvel.

Fato é que cada um tinha seu ponto, não tinha um que estivesse mais certo ou mais errado que o outro, afinal os efeitos sempre diferem em cada pessoa, e há de se levar em conta também o tamanho das dosagens. Assim como são as desilusões amorosas. Cada uma deixa rastros diferentes, bons ou ruins, memoráveis ou não, com intensidades diferentes e os efeitos e consequências são sempre inesperados.

A questão não é a bebida, mas que todo mundo um dia terá um porre. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cada ano que passa, ela fica mais velha

Aniversário costumava ser mais legal quando a gente era criança, e a casa ficava cheia de gente, tínhamos festas temáticas, refrigerante, doces e um bolo todo decorado feito ou encomendado com todo carinho. Nossos pais tiravam fotos da gente assoprando as velinhas e a gente ganhava presente de todo mundo que ia em casa.
Com o passar do tempo, a gente vai crescendo e começa a comemorar o aniversário no bar, com apenas alguns amigos, e isso também é muito bom. Mas tem gente que não gosta tanto de comemorar a data. Prefere ficar sozinho e não faz questão de presentes ou visitas.

Cada um enxerga a data com a memória e o coração que tem. Pode significar um recomeço, um dia para estipular uma nova meta, um dia simplesmente para ser paparicado ou pode não significar nada. Entre os tantos significados e memórias sobre o aniversário, a gente sempre recebe um abraço de pessoas queridas e seus cumprimentos. Hoje é dia de cumprimentar uma pessoa que está ficando mais velha, e resolvi homenageá-la aqui.

Ela é minha amiga, é uma das pessoas mais emotivas que conheço. Suas atitudes são todas tomadas com o coração na frente da razão, e isso me assustava um pouco no começo. Agimos de forma totalmente contrárias. Aos poucos fui compreendendo melhor aquele jeitão único de ser, uma pessoa sem medo de ser feliz e sem medo de ser triste. Intensa. Verdadeira. Às vezes ingênua, sim. E teimosa. Mas a Tati tem uma coisa muito forte com ela: seu coração. Quando você a conhece, sabe quando ela está tristinha e quando está empolgada. Sua emotividade e espontaneidade não escondem, seu coração suspira e compassa nos tons de Marcelo Camelo, seu artista predileto. E por falar nele, me considero hoje um hermano de Tati. E sou grato por isso.
Aprendi com ela a não ter medo de ser quem se é, a não ligar tanto pros outros e, entre tantas conversas e cachaças, a rir alto no meio do bar, sem vergonha. Aprendi com a Tati o tanto quanto acho que lhe ensinei. E essa troca é o que fortalece nossa amizade.

Por isso, meus “parabéns” não vai só pelo seu dia, mas por sem quem você é! E o meu desejo não é só de abundância de saúde, paz, alegrias e sucesso, mas também de continuar essa amizade que nasceu tempos atrás, despretensiosamente. E assim, despretensiosamente, é essa minha homenagem a Tati. Feliz aniversário, muié!