sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dos amores que não tive, me resta a saudade


Depois de bastante tempo sem escrever por aqui, aos poucos vou voltando. Já estava com saudades do Word, das palavras, e do sentido disso tudo.

Com saudades também dos amores que não tive.
Saudades do jogo amistoso de conquista daquela pessoa que você julga difícil demais.
Da coragem do “oi” mesmo não tendo assunto para depois.
Do comentário sobre aquela música que você posta, e ela diz “nossa, esse som é demais...”
De conversar madrugadas afora e perceber que ela pensa como você, mas não em tudo.
Aliás, também sinto saudades das pequenas discussões amigáveis, onde um quer convencer o outro de que seu gosto ou opinião faz mais sentido.

Saudades de sentir.
Da ansiedade para o primeiro encontro.
Da bochecha avermelhada, do riso, do olhar, do primeiro beijo.
Da ansiedade pós primeiro encontro.
Sinto falta da falta de ar.

Da espera pela mensagem, do tom da voz a qualquer hora do dia ou da noite.
Saudades de não saber o que vem depois.
De não fazer sentido e continuar, ainda assim, querendo mais.
Sinto saudades da farsa de ser durão mesmo quando o coração já amoleceu.

De todas as saudades, a dos amores que não tive são as lembranças que me restam.
Para imaginar, aprender, sentir e, se um dia começar tudo de novo, matar essa saudade.